quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Os cartões de imprensa que génios inventaram

PORTARIA TÃO GRANDE PARA TRÊS CARTÕES E eis que António Braga elabora portaria para «simplificar o regime de acesso ao título de identificação dos colaboradores de órgãos de comunicação social nas comunidades portuguesas e respectiva renovação, equiparando-o, em matéria de exigências procedimentais, às que passaram a vigorar para os restantes títulos de acreditação»...

    Poder-se-ia pensar que António Braga se apressou a fazer isto por receio da asfixia ou por serem, lá fora, milhares de milhares os colaboradores, mas não: o site oficial das carteiras de jornalistas apenas dá conta da inscrição de 3 colaboradores 3 de órgãos de comunicação social nas comunidades portuguesas. Esquecem-se nas Necessidades que quem exerce lá fora tem que seguir as leis e regulamentos do país de acolhimento e que o cartão português, além disso, não tem a mínima ponta de prestígio e utilidade?

VALHA-NOS O GOOGLE Depois de bastante polémica e alguns candidatos ao cargo, António Braga despachou o assunto em 29 de Setembro: Anne Marie Mouchet é cônsul honorária em Pau (França). Além disso despachou também o assunto em Durham com a nomeação de Maria Goarmon Lewis igualmente para cônsul honorária do sítio na Carolina do Norte. E,c omo de costume, nada se diz sobre quem são.
    Mas, valha-nos o Google! Sobre Anne Marie Mouchet, do berço em Mós do Douro (Foz Côa) e das suas manifestas ligações partidárias à UMP de Sarkozy já se sabia alguma coisa pelo Luso-Jornal aqui e ali, e dará dispensável trabalheira saber mais pelo Google, sem dúvida condenado a ser o suplemento oficial da folha oficial portuguesa. Já sobre Maria Goarmon Lewis tem que ser mesmo o Google onde sem grande esforço se fica a saber que a cônsul honorária está contra o acordo ortográfico, o que lhe fiuca muito bem e denota…

MULTILATERAL Portugal é muito lento quanto a instrumentos multilaterais, e então quanto a traduções, aquilo é que é render… Mas de vez em quando surgem novidades, hoje três, como sempre por ordem superior pois se fosse inferior o caso seria de infracção grave. Registe-se o que hoje mesmo se torna público:

  1. … que em 12 de Dezembro de 2007 – o que já era sem tempo - foi depositado junto do Governo da Alemanha o instrumento de ratificação do Acto de Revisão da Convenção sobre a Concessão de Patentes Europeias (Convenção sobre a Patente Europeia), adoptado em Munique, em 29 de Novembro de 2000.
  2. …que em 8 de Setembro de 2009, foi depositado junto do Secretário –Geral das Nações Unidas o instrumento de ratificação da Emenda à Convenção sobre Acesso à Informação, Participação do Público no Processo de Tomada de Decisão e Acesso à Justiça em Matéria de Ambiente, adoptada em Almaty, em 27 de Maio de 2005.
  3. … que em 15 de Maio de 2009, foi depositado o instrumento de adesão à Convenção Conjunta sobre a Segurança da Gestão do Combustível Usado e a Segurança da Gestão dos Resíduos Radioactivos, adoptada em Viena, em 5 de Setembro de 1997.
É claro que não deve ser de Miguel Almeida e Sousa mas aquela fórmula segundo a qual «foi depositado... o depósito do instrumento» não arrombará com o depósito?

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